quarta-feira, junho 22, 2005

ARMOR

Desses pulmões frágeis
o hálito que lhe nomeia;
é doce e interminável,
mas infelizmente deforma
tudo em prisão formidável.

Marina Ráz

sábado, junho 18, 2005

A colheria

Em versos longos e sentidos
nos ombros e nos ouvidos
meço a vastidão dos espaços
entre o vão dos meus braços.

Quem se acomoda aqui
a não ser os meus seios?

Marina Ráz

sábado, junho 04, 2005

Amor

no primeiro verso
o papel fica rubro
e pega fogo.

Eu ainda o cubro
e vejo no resto
cinza e gozo.

Marina Ráz