sexta-feira, dezembro 14, 2007

Como as costas de uma estátua

Não sei como amar você
se com chamas, pedras
ou correntezas.
Amo sem saber, como se
nascesse desse amor
e tudo nele me desse vida.
Sinto-me despida,
frágil e cheia de incertezas.

Mas quem é você? Existe mesmo?
Quem sabe não. Nunca existiu.
Aconteceu como a chuva,
furacões, erupções vulcânicas,
como Deus nas pessoas
ou a dúvida satânica.

Dizer. Quem sabe. Acalme, mate.
Ou ao menos; torture.
O que quero. Digo:
palavras, bendita de vocês; exorcizem.
- Olá.

Marina Ráz.

3 comentários:

raquel medeiros disse...

Marina Ráz, que prazer sua visita no vale! tive contato com seus textos faz um tempo, num outro blog. achei divino o que você escreve, que bom 'descobrir' seu canto e poder vir mais vezes.

lembro bem de um texto seu, cujo um trecho era "sobre meus ombros
semeiam centenas de tempestades. como se o mundo fosse um campo
crivado de espadas"... belíssimo esse texto.

você é talentosíssima. mais uma vez, prazer recebê-la.

abraços

Eduardo Lacerda disse...

Marina;

Li um poema no orkut, o qual foi postado por um colega da comunidade "Eu Escrevo Poesia". Achei muito bom, parabéns.

Se quiser publicar alguns poemas em nosso jornal: www.o-casulo.blogspot.com

Beijo!

Eduardo Lacerda
desaforum.blogspot.com

Ivan disse...

Carta para Inocência


Não sabes que o dom da poesia
Nos faz miserávelmente solitários.
Teu consolo está nos versos de outro poeta.
Porem, aí mora o mistério.
Não existe união romantica entre poetas.
Minha ironia e que estou apaixonado por suas palavras.
Ainda assim somos únicos
Cada um em seu próprio mundo
Só existe o "Eu".
Mas nem por isso me impede de dizer
"Eu te amo"