quinta-feira, agosto 31, 2006

Abelhas e anzóis

Tenho apenas em mãos
esse sentimento obtuso
e como um inseto intruso
ele perfura a minha pele
se instaura como um grão,
ou um ídolo numa caverna.

Faço oferendas e canções
para essa flor interna,
amo-a tanto que meu coração
fica magro, se torna pequeno
diminuto e sorridente,

pois nasce em minha boca
no lugar de todos os dentes
flores, sim! Todas doces, ternas
e sufocantes.

Marina Ráz

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