Vésperas incendiárias
Minhas entranhas estão grunhindo
acho que engoli um violino
desafinado e o seu músico
desajeitado.
Esses murmúrios secos
como dois gatos obesos
fazendo sexo no beco.
Eu posso sentir meu hálito
tomar a forma, crescer!
Áspero como um cacto.
Então jorra, transborda,
es
_co
__rr
___e,
da minha boca:
"Eu te amo."
Marina Ráz.
2 comentários:
O que dizer...
Poesia feminina...
genial...
"Teu mel escorre
e as palavras morrem
a teus pés".
Marina Ráz... como somos parecidas! Faço minhas as suas palavras. Seus textos são um acalanto à minha conturbada alma. Um beijo!
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