Minuto a minuto
Sou levada por isso e aquilo
levada a viver menina levada
entro, mas não pago entrada,
malcriada eu me demonsto
sobram espaços, faltam os modos
monto sobram os parafusos.
Marina Ráz.
domingo, agosto 30, 2009
sexta-feira, agosto 07, 2009
terça-feira, agosto 04, 2009
Como se eu carregasse um boi no peito,
Descasco o meu punho
dedo a dedo, feito pétalas,
descubro a palma da mão.
Não segurava tesouros arcaicos,
sim um fruto em floração
morno em carne o meu coração
esse órgão recém nascido
que pulsa sem parar a saudação
"coma-me, coma-me, coma-me!"
Botou nele um colar de perolas
e o prendeu sob belezas inertes.
Marina Ráz.
Descasco o meu punho
dedo a dedo, feito pétalas,
descubro a palma da mão.
Não segurava tesouros arcaicos,
sim um fruto em floração
morno em carne o meu coração
esse órgão recém nascido
que pulsa sem parar a saudação
"coma-me, coma-me, coma-me!"
Botou nele um colar de perolas
e o prendeu sob belezas inertes.
Marina Ráz.
Procuro. Não entendo. Vivo essa profunda confusão, de antemão aviso, que só de avisos sei viver os recebo aos montes, devolvo na mesma medida. Não saio disso, sempre a um passo da ida como um laço (!) que me prende ao redor de mim mesma, tenho que me transformar para caber em mim. Sou tão covarde que preciso ser corajosa para viver assim, sempre a um passo da ida como um laço (!) que me prende ao redor de mim mesma.
Uma sonâmbula. Noctâmbula. Caminho pela vida adormecida, tudo acontece, tudo é esquecido. Eu esqueci. E nem sei que esqueci o que esqueci. É como ter uma riqueza que não se pode despender, ser Alteza, num mundo de Reis.
Sei. Só amo, só amar, tudo aquilo que não posso tocar. É como engordar trinta quilos de uma só vez, carrego um peso que desconheço, mas que adoro.
Marina Ráz.
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