terça-feira, agosto 04, 2009




Procuro. Não entendo. Vivo essa profunda confusão, de antemão aviso, que só de avisos sei viver os recebo aos montes, devolvo na mesma medida. Não saio disso, sempre a um passo da ida como um laço (!) que me prende ao redor de mim mesma, tenho que me transformar para caber em mim. Sou tão covarde que preciso ser corajosa para viver assim, sempre a um passo da ida como um laço (!) que me prende ao redor de mim mesma.

Uma sonâmbula. Noctâmbula. Caminho pela vida adormecida, tudo acontece, tudo é esquecido. Eu esqueci. E nem sei que esqueci o que esqueci. É como ter uma riqueza que não se pode despender, ser Alteza, num mundo de Reis.

Sei. Só amo, só amar, tudo aquilo que não posso tocar. É como engordar trinta quilos de uma só vez, carrego um peso que desconheço, mas que adoro.


Marina Ráz.

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